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  • Foto do escritorDébora Palma

Gary Chapman - As cinco linguagens do amor (Parte I)


Fiquei muito entusiasmada com a leitura do livro do Gary Chapman, que é autor, terapeuta e pastor. Abaixo, fiz um resumo breve dos capítulos! Apesar do título um pouco tendencioso, extraí conceitos importantes durante a leitura. Grosseiramente resumido, o livro ajuda as pessoas a identificarem melhores formas de relacionamento com o cônjuge.

Nesta primeira parte, serão abordadas as cinco linguagens do amor, além da introdução ao assunto. Na segunda parte, darei continuidade aos capítulos do livro, com os temas: "Descobrindo sua primeira linguagem do amor", "Amar é um ato de escolha", "O amor faz a diferença", "Amando quem não merece nosso amor" e "Os filhos e a linguagem do amor.".

Aprender sobre as necessidades dele(a) auxiliará em muito para a construção de um relacionamento muito mais harmônico e prazeroso de ser vivido. Boa leitura!


1. O que acontece após o casamento?

O desejo de viver um amor romântico no casamento está enraizado em nossa formação psicológica. Temos diversas demonstrações de como o tema é importante para nós: revistas e sites especializados em relacionamentos, programas televisivos, etc. Manter aceso o amor no casamento é assunto sério.

São cinco as linguagens do amor, e cada pessoa tem a sua. É raro que ambos, no relacionamento, tenham a mesma linguagem: normalmente, são linguagens diferentes, e ficamos confusos quando não compreendemos a linguagem do outro. Identificar a primeira linguagem do amor de seu cônjuge fará com que você tenha um relacionamento duradouro.

2. Cultivando o amor que engrandece

Amor: vocábulo de extrema importância em qualquer idioma. Tem papel central em nossa vida e ocupa lugar de destaque em sistemas filosóficos e teológicos. Amar e ser amado é a principal necessidade dos seres humanos, de acordo com a Psicologia. Dificuldades se avolumam na vida quando o amor é escasso ou inexistente.

Para psicólogos infantis, as crianças possuem necessidades emocionais básicas que devem ser supridas afim de que atinjam a estabilidade emocional. A agressividade pode surgir em contextos onde o afeto é inexistente ou escasso. Problemas de relacionamento podem surgir, assim como a busca de amor em outros grupos, pois não o recebiam no lar.

A necessidade emocional de ser amado continua no decorres da vida adulta e na velhice. O isolamento é devastador.

3. Apaixonando-se

Paixão é êxtase e euforia. O casamento é cheio de pressupostos: que a vida conjugal ocorrerá sempre em excelência, sem percalços.

Paixão: egocentrismo aplacado; desejo de fazer tudo para satisfazer o outro (ainda que isso vá contra nossas inclinações pessoais). O fazemos porque estamos dominados por expectativas irreais: afinal, ninguém é inteiramente altruísta. A euforia da paixão é que estabelece esta ilusão. Depois que a paixão acaba, começamos a impor nossos desejos.

Gradativamente, a ilusão da intimidade dilui-se e os desejos individuais, emoções, pensamentos e padrões de comportamento assumem seus lugares. Tornam-se duas pessoas. Suas mentes não se fundiram em uma só – e nem seus pensamentos e ideais. Suas emoções se misturaram superficialmente no oceano do amor. Agora, então, as ondas da realidade começam a separá-los. Eles saem do domínio da paixão e nesse ponto, muitos desistem e separam-se, divorciando-se e partindo em busca de uma nova paixão. Ou, então, desenvolvem o árduo trabalho de aprenderem a se amar mutuamente sem a euforia da paixão.

M. Scott Peck (psiquiatra): paixão é diferente do amor. Apaixonar-se não é um processo consciente e não implica em nenhuma participação da nossa parte. Realizamos atos inusitados, não naturais, de um para o outro. Na paixão, não existe o objetivo de incentivar o crescimento pessoal da outra pessoa. O único propósito, na paixão, é findar a solidão do ser e, talvez, assegurar essa solução por meio do casamento. Paixão é estagnação e, por isso, não se preocupa com o desenvolvimento pessoal. Encontramo-nos no ápice da felicidade e nosso único desejo é continuar lá. Consideramos que nosso amado também não precisa se desenvolver, pois é a perfeição em pessoa. O objetivo da paixão é, exclusivamente, a reprodução da espécie.

Depois de identificadas as incompatibilidades de casal, restam apenas duas opções:

  1. Manter-se com o cônjuge e ter uma vida miserável

  2. Separar-se e/ou tentar novamente

O amor verdadeiro só começa quando a experiência da paixão tiver seguido seu curso. Amor é atitude, ou seja, diz e faz; não idealiza. É afirmar um compromisso: “sou casado(a) com você e vou lutar pelos nossos interesses.”.

4. A primeira linguagem do amor: palavras de afirmação

“Um bom elogio pode me manter vivo durante dois meses.” – Mark Twain

Elogios verbais e palavras de afirmação são dois poderosos comunicadores de amor. Expressões como: “Obrigado(a) por lavar a louça”, “Essa roupa fica ótima em você!”, “Que jantar delicioso”, “Que ótimo passeio!”, etc. A forma como nos comunicamos influencia diretamente como a mensagem será recebida e o resultado dela.

Palavras encorajadoras:

  • Inspiram coragem

  • Trazem à tona o que é importante para o cônjuge

  • Requerem empatia

  • O encorajamento verbal comunica: “Eu sei, eu me preocupo e estou do seu lado.”.

A maioria de nós possui mais potencial do que poderia imaginar. O que nos segura é, muitas vezes, a falta de coragem. Um cônjuge amoroso pode ser um importante catalisador para mudanças.

Palavras bondosas:

  • A maneira como falamos é importante. Pense na mensagem que está transmitindo.

  • Reconheça seus erros e peça desculpas

  • Aprenda a aceitar desculpas

  • O perdão não é um sentimento, mas um compromisso.

Palavras humildes:

  • Expresse-se como um adulto

  • Faça solicitações, não imposições

  • Ao expressar suas necessidades e desejos como pedidos, abrimos um caminho

  • Um pedido cria a oportunidade de expressar amor

Palavras de afirmação:

  • Crie uma lista com as qualidades mais admiráveis do cônjuge – e justificar cada uma delas. Isso dará uma perspectiva de que existem qualidades admiráveis nele(a), e que podem ser trabalhadas para melhorar o relacionamento.

5. A segunda linguagem do amor: qualidade de tempo

Para cônjuges cuja linguagem do amor é “Qualidade de tempo”, o que importa é que recebam atenção plena do outro; são pessoas que objetivam estar juntas e conectadas com o outro, e não apenas próximas.

Para poder passar mais tempo com o cônjuge, defina uma lista de possibilidades, como, por exemplo: contratar uma faxineira para ajudar nas tarefas domésticas, planejar uma viagem a dois, dialogar após o trabalho, almoçar juntos com mais frequência, etc. A atividade em si é um veículo que proporciona o sentimento de interação. E lembre-se: o que importa é o que acontece no nível emocional. Investir tempo em uma atividade com o outro mostra que nos importamos com ele.

A conversa, muito importante para pessoas cuja linguagem do amor é qualidade do tempo, deve ter qualidade, ou seja:

  • Seja um bom ouvinte (aprender a ouvir poderá ser tão difícil quanto aprender uma nova língua, mas faça! Se quisermos comunicar amor, precisamos entender o outro, e ouvir com atenção é o caminho para tal.)

  • Não interrompa a fala da pessoa (seu objetivo é perceber os sentimentos e pensamentos do outro; o alvo não é defender-se ou querer “ganhar a discussão”)

  • Faça perguntas com o desejo genuíno de entender seus pensamentos, sentimentos e emoções

  • Não ofereça soluções imediatas para os problemas (o casamento não é um projeto a ser concluído, ou uma tarefa a ser resolvida)

  • Entenda os anseios do cônjuge

  • Olhe nos olhos de seu cônjuge

  • Pergunte a si mesmo quais as emoções dele, e confirme-as

  • Observe sua linguagem corporal e confirme-a

Para a maioria das pessoas, o ato de se expor não é fácil. Muitos adultos foram criados em lares onde a expressão dos pensamentos e sentimentos não só jamais foi encorajada, como também era condenada. Aprendemos a negar nossos sentimentos, deixando de ter contato com nosso ser emocional.

No decorrer do dia, anote em um bloco ou caderno as emoções que foi experimentando. Ao final do dia, converse com seu cônjuge sobre elas. Este exercício trata melhores condições para expressar suas emoções. Cada pessoa tem um tempo para se abrir e expor seus sentimentos. É importante, por isso, trabalhar a paciência.

6. A terceira linguagem do amor: receber presentes

Para essas pessoas, presentes são demonstrações de afeto, consideração e lembrança. Existem várias formas de presentear alguém: por meio de um jantar, de um filme ou da simples presença! No âmago do amor, existe a entrega voluntária. O presente não precisa ser caro: seu valor é implícito.

7. A quarta linguagem do amor: formas de servir

Geralmente, "formas de servir" está relacionado com tarefas domésticas (colocar a casa em ordem). É importante evitar críticas e cobranças, pois isso artificializa o ambiente, removendo a espontaneidade. Transforme a cobrança em pedido, e não transforme seu cônjuge num capacho - afinal, todos temos emoções, sentimentos e desejos. Temos a habilidade de tomar decisões e agir. Tratar o outro como capacho é excluir a possibilidade do amor e do trabalho autêntico. Se quiser que o outro te ajude, faça os pedidos com gentileza e ofereça elogios sempre que a tarefa for bem cumprida por ele(a).

Tanto o homem quanto a mulher podem colaborar com a rotina de organização e manutenção na casa, especialmente nos casos em que ambos trabalham.

8. A quinta linguagem do amor: toque físico

O toque físico é uma das formas de comunicar amor emocional, além de ser poderoso vínculo de comunicação, pois transmite o amor conjugal. Pode transmitir ódio ou amor, e podem ser explícitos (e levam ao sexo) ou implícitos. Estejam alinhados e perguntem o que mais agrada um ao outro. A comunicação clara facilita o contato próximo.

Os toques afetuosos (e a falta deles) será lembrada por muito tempo.

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