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  • Foto do escritorDébora Palma

As suas coisas estão te impedindo?


Olhe ao seu redor. O que você vê? Ou, mais especificamente: quantos objetos você encontra? Estes objetos te trazem felicidade e paz ou... você sente que está preso a eles de alguma forma? Sua vida está caminhando conforme você gostaria ou seus planos estão longe de se concretizarem?


casa desorganizada e bagunça

O excesso de coisas pode trazer desconforto psicológico, físico e financeiro.

A autora premiada, ilustradora, professora e estudante Elizabeth Dulemba, que não é minimalista, vendeu quase todos os bens que possuía para estudar em outro país. Elizabeth não é minimalista, mas percebeu que estava cercada de coisas que não a permitiam alcançar seu potencial máximo como pessoa.

Ela e seu marido viviam o "sonho americano": uma casa, uma garagem um depósito cheio de coisas, brinquedos, "stuff". Se, para algumas pessoas, a quantidade de bens representa felicidade e bem-estar, para outras, estar cercado de coisas pode ser um empecilho para a realização pessoal - como se tudo o que estivesse ao redor fosse impeditivo para que pudessem concretizar seus objetivos de vida.

Quando tinha 20 anos, Elizabeth escreveu uma lista de coisas que gostaria de conquistar quando chegasse aos 30. Ao perceber que o "sonho americano" que estava vivendo não entrava em seu plano de vida, decidiu realizar mudanças drásticas - ela e seu esposo venderem quase tudo o que possuíam para uma viagem a outro país, onde ela daria prosseguimento a sua pós-graduação. Apesar das dificuldades de moradia - pela primeira vez, Elizabeth se viu sem teto (homeless) -, surgiu a oportunidade de apreciação de uma vida pautada não pelo acúmulo de bens, mas de experiências.

"The price of anything is the amount of life you exchange for it." - Henry David Thoureau

Stuff vs. Experience

Para Elizabeth, não há nada de errado em gostar de estar cercado de coisas. O ruim é quando, estando cercado de coisas e objetos, gostaríamos de ter uma vida diferente daquela - mas não podemos, pois são exatamente os objetos que nos enraízam em circunstâncias que nos desagradam.

Ao mesmo tempo em que as coisas não são parte de nós (podem quebrar, estragar, etc.), as experiências são! Se coisas não nos fazem felizes, por que as mantemos? Para Dulemba,

  • Coisas fazem com que nos sintamos seguros - ter coisas é indicativo de "potência" pessoal.

  • Coisas nos dão a ilusão de permanência - apesar de considerarmos que as coisas não vão embora (e nem nós), a vida passa por mudanças contínuas.

  • As propagandas nos fazem comprar - ainda que sem necessidade; daí surge sentimento de inadequação diante da quantidade de produtos que são lançados com altíssima frequência - o que nos lança numa busca contínua para a aquisição de novos objetos, mesmo sem precisarmos ou desejarmos.


Elizabeth Dulemba em palestra para o TEDxUniversityofEdinburgh

Para Elizabeth, abrimos oportunidades de vida quando conseguimos avaliar os bens que possuímos sob uma perspectiva racional, definindo seus usos e descartando/vendendo ou doando aquilo que nos mantêm presos, inseguros e sem tomada de atitude em relação a vida. Saber aproveitar a oportunidade da vida foi uma de suas maiores descobertas.

Há sentimento de alívio ao descobrir que não são necessários tantos bens para a felicidade. O que mantemos conosco afeta diretamente a qualidade da nossa vida. Reflita sobre os bens que você possui. O que você mantém está te segurando ou impedindo?


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