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  • Foto do escritorDébora Palma

A angústia da expectativa do olhar alheio

Como sou visto pelos outros? Pelo que sou admirado? Será que estou agradando? São tantos os questionamentos que é comum o desgaste emocional diante da grande dúvida existencial: sou uma pessoa relevante para os outros e - portanto - para mim mesmo? Perguntas complexas acompanharão o ser humano durante toda sua jornada de vida.

Não bastasse isso, existe a comparação excessiva em relação aos colegas de trabalho, amigos e até familiares:

  • Por que ele(a), com formação e trajetória tão iguais às minhas, tem mais destaque no seu campo de trabalho?

  • Como é possível que ele(a) tenha chegado até ali tão rápido, enquanto continuo estagnado?

  • O que tenho feito de errado?

  • Por que nada nunca dá certo para mim? (nesse caso, infelizmente, chegamos a um pensamento catastrófico e, em algumas circunstâncias, difícil de reverter)

Será que não devemos desenvolver uma postura menos reativa e mais reflexiva, considerando contextos e possibilidades pessoais? Bem... pessoas são diferentes, têm resultados diferentes e possibilidade únicas. São personalidades singulares que desbravam seu próprio caminho.


Se existem pessoas "certas" nos lugares "certos", fazendo coisas em seu potencial máximo e desenvolvendo suas capacidades, por que não encontramos "nosso lugar"? Em geral, isso acontece porque nem sempre temos autoconhecimento o suficiente, e não identificamos quais nossas reais oportunidades, capacidades, limitações e meios para mudanças.


Já deu para perceber que é difícil chegar a algum lugar quando não sabemos exatamente para onde queremos ir, não é mesmo?


E hoje eu quero conversar com vocês sobre a importância do autoconhecimento voltado para o trabalho ou às atividades ocupacionais do sujeito - afinal, o trabalho é parte constituinte da nossa vida, e deve ser encarado na perspectiva de desenvolvimento e adaptação contínuos.


Qual a importância do autoconhecimento no contexto de trabalho?


Qualquer pessoa precisa se conhecer bem para melhor escolher sua profissão para ser capaz de aproveitar as oportunidades que surgem. Os gestores também devem ficar atentos e estar atentos a identificar quais os principais talentos de seus colaboradores e onde eles trabalham melhor e conseguem utilizar o máximo de seu potencial. O processo de contratação, treinamento e promoção fica difícil quando não se conhece as pessoas de verdade. Compreender o que nos motiva em meio a estilos tão diferentes de vida é um grande desafio.


Para Ferraz (2012):

É grande o prejuízo das empresas que não conseguem selecionar profissionais com perfis adequados para cada função, e uma enorme frustração para quem fica mudando de emprego a toda hora. A empresa contrata errado, o contratado fica infeliz – ele também não sabe a razão –, vai para outra empresa sem estar preparado e o círculo vicioso se repete indefinidamente. Isso acaba gerando promoções equivocadas, planos de carreira ineficazes, dificuldades na profissionalização de empresas e no recrutamento, conflitos em situações de sucessão etc. Enfim, perda de tempo, energia, dinheiro e um grande transtorno para todos os envolvidos. (p. 14-15)

FERRAZ, Eduardo. Vencer é ser você - entenda por que a gente é do jeito que a gente é para progredir na carreira e nos negócios. São Paulo: Editora Gente, 2012.

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