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Mentes Consumistas #00-Introdução

  • Foto do escritor: Débora Palma
    Débora Palma
  • 17 de fev. de 2021
  • 2 min de leitura

Olá! Vou iniciar uma série aqui no blog com o resumo do livro da médica psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, o Mentes Consumistas. Nosso primeiro texto é uma síntese da Introdução com algumas reflexões. Confira abaixo!

 

Na clínica, ela nota que por trás de muitos quadros de ansiedade, angústia e depressão existiam pessoas que sofriam por conta de decisões de compra que as prejudicaram - dívidas, consumo desenfreado, enfim.


E o que é que motiva esse comportamento humano? A eterna busca pela felicidade. As compras compulsivas também estão atreladas a uma dificuldade de identidade pessoal. E, bem, se nós não sabemos exatamente quem somos, talvez um produto ou nicho nos defina, certo? A ideia faz sentido, mas é perigosa e nos afasta do autoconhecimento e da própria valorização.


A autora nota que muitos dos comportamentos compulsivos eram parecidos com comportamentos dos dependentes químicos:

  • Uma vida em decadência

  • Se transformaram em “robôs” programados para obter um prazer imenso, efêmero e suicida

  • Comportamento de esconder as compras das pessoas mais íntimas (lembra os alcoolistas e os dependentes químicos em geral)

Qual o motivo desencadeador desse transtorno de compulsão?

  • Ansiedades, angústias

  • Vontade de agradar pessoas por meio de presentes

  • Tentativa de construir uma identidade

O consumo não é um problema em si. O problema é o consumismo: a vontade pura de consumir, o prazer em passar o cartão, aguardar a encomenda chegar, ir até um shopping para comprar... O produto, quando chega, é deixado num canto, totalmente desvalorizado, geralmente permanecendo sem uso (isso te lembra as roupas com etiquetas, armazenadas por anos nos guarda-roupas?).

A compulsão pelas compras é um problemão. Como devemos lidamos com ela?

  1. Entenda o momento em que surge a vontade enorme de comprar - geralmente um momento de ansiedade, angústia, tristeza

  2. Fortaleça o poder de decisão

  3. Saia do jogo manipulador e perverso que torna o ter sinônimo de ser

  4. Aprenda a esculpir a melhor “mercadoria” que pode ser: uma mercadoria sem preço

Por isso vamos mergulhar no universo do consumo e do consumismo desenfreado, no qual a satisfação imediata do presente costuma ofuscar possibilidades no futuro. Somente quando distinguimos o que realmente tem valor do que tem preço, conseguimos uma vida mais sábia.


A questão do consumismo se torna ainda mais relevante quando nos lembramos do poder que as redes têm na nossa tomada de decisões: estamos sendo expostos o tempo todo a produtos que podemos até querer… mas nós realmente precisamos deles? Eu acredito que precisamos muito mais de uma vida recheada de pessoas que nos acolham; uma vida onde trocas de afeto e consideração são feitas; uma vida onde as pessoas possam ser quem elas são de verdade, sem temer a crítica do outro, que condena pelas aparências.


Bora lá! Vamos refletir sobre a questão do consumismo em uma série de textos que eu farei sobre esse tema. Prepare-se para mudanças radicais no seu modo de consumir, viver e desfrutar das coisas que importam de verdade.

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© Débora Palma

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