Os ambientes de trabalho carregam características que lhes trazem singularidade - alguns mais rigorosos e hierárquicos; outros mais descontraídos e horizontais. Apesar disso, em qualquer ambiente, a forma como os relacionamentos se estabelecem é determinante para um bom desempenho pessoal profissional e, por consequência, financeiro da empresa.
Em uma pesquisa da Gallup de 2013, 30% dos empregados nos Estados Unidos se sentem engajados no trabalho. No resto do mundo, em 142 países, a proporção de profissionais engajados cai para 13%. Para a maioria das pessoas, ir ao trabalho é praticamente uma experiência dolorosa e exaustiva - o que é ainda mais intensificado pelas demandas aceleradas e pela "necessidade" de estar conectado a maior parte do dia (e da noite) par adar conta de demandas excessivas.
Olivier Schrauwen
E como criar um ambiente mais sustentável nas empresas? Para Christine Porath, professora na Georgetown University's McDonough School of Business, autora do livro Mastering Civility: A Manifesto for the Workplace e co-autora do livro The Cost of Bad Behavior. E neste ótimo TED, mostra que tratar as pessoas com respeito no ambiente de trabalho é uma oportunidade valiosa para agregar valor à própria corporação. São as pequenas atitudes diárias que vão moldando a percepção que os outros têm de nós - se somos afáveis, injustos, desagradáveis, tolerantes, amigáveis, etc. Quem escolhermos ser impacta diretamente na forma como tratamos os outros - e como os outros nos percebem e agem.
Podemos agir de formas diferentes em relação às pessoas:
- Podemos exaltá-las, fazendo-as se sentir valorizadas ou
- Mantemos as pessoas tristes, diminuídas e excluídas por meio de insultos, provocações, "piadinhas", bullying, desinteresse...
Por mais que atos de incivilidade não sejam intencionais, existem consequências: pequenos desgastes do dia a dia podem levar a problemas muito maiores, como a violência no ambiente de trabalho. Além disso, a incivilidade afeta o desempenho profissional: as pessoas sentem-se muito menos motivadas e têm sua capacidade criativa reduzida.
Empregados são muito mais satisfeitos e produtivos quando suas necessidades são atendidas nos níveis físico (tempo para recarregar as energias no trabalho), emocional (sentindo-se apreciados por suas contribuições), mental (quando têm a oportunidade de focar nas tarefas mais importantes e definir como irão trabalhar) e espiritual (conectando-se com propósitos mais elevados no trabalho).
Quer sejamos conscientes ou não, uma coisa é certa: seremos lembrados por aquilo que fizemos, e não pelo que deixamos de fazer.
Quem você quer ser? Como quer ser lembrado pelos colegas de trabalho? E de que forma está contribuindo para um ambiente de trabalho sustentável e de bom desempenho?
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