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Sou atencioso ou um "trouxa"?

  • Foto do escritor: Débora Palma
    Débora Palma
  • 3 de jul. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 4 de jul. de 2021

Virgina Satir, autora e psicoterapeuta norte americana estava interessada na dinâmica das famílias - e especialmente nas diferenças entre as funcionais e as disfuncionais.


Para ela, as famílias funcionais são identificadas como “sistemas abertos”, no qual informações e recursos são livremente compartilhados entre os membros da família e pessoas fora dela. A comunicação flui irrestrita, e mesmo as regras existentes são adaptáveis e dinâmicas, respondendo às necessidades dos membros da família e às mudanças no grupo ou no ambiente cultural.


Já a família disfuncional, para ela, é um “sistema fechado”, no qual não há livre troca de informações e recursos, que são ocultados de certos membros e da comunidade externa. A comunicação é, portanto, escassa. As regras costumam ser inflexíveis. A combinação de uma comunicação escassa com regras rígidas torna os membros da família muito atentos sobre o sistema de regras, especialmente as crianças, que vão se comportar da forma mais adequada possível para se enquadrar com segurança no sistema, ou seja, “O que eu faço que produz uma resposta melhor (não ser punido ou receber um sorriso)?”.



Dessa forma, as crianças se adaptam às suas famílias, colaborando para o equilíbrio do sistema e adotando um dos quatro papeis:


Apaziguador - tem como características a agradabilidade, e deseja que todos estejam felizes e satisfeitos. Não mede esforços para se agradar, ser amistoso e prestativo - o que, é claro, fará dele uma pessoa sobrecarregada com a generosidade extrema. O Apaziguador negligencia suas necessidades e vive apenas em função do outro; vive se desculpando, mesmo não tendo culpa nenhuma. E diz mais "sim" do que "não". Pobre Apaziguador...


Acusador - põe a culpa nos outros e está sempre pronto para fazer acusações. Este perfil ganha poder quando os outros aceitam a culpa imposta por ele.


Super-racional - mantêm grande distanciamento emocional e insistem para que todos obedeçam às regras. Este tipo também é conhecido como "Computador" 💻


Distraidor - busca dissuadir os outros a pensarem em qualquer outra coisa, menos no que está ocorrendo de fato!


Não são tipos de personalidade, mas estilos de comunicação que orientam como reagimos às pessoas. Essencialmente defensivos, não refletem os sentimentos reais da criança, que estão ocultos pelo estilo em vigor.



Para Satir, todos esses papéis evidenciam um desequilíbrio entre o eu, o outro e o contexto.


O Apaziguador apagou o “Eu” do quadro; o Acusador não leva em conta o outro; o Super-racional perdeu de vista o eu e o outro, e só respeita o contexto; o Distraidor mantém um controle frágil sobre o eu e o outro e se afastou do contexto.


😃Somente quando a parte perdida for resgatada – o eu, o outro ou o contexto – é que a comunicação flui e fica mais assertiva entre os membros da família, fortalecendo seus vínculos e abrindo oportunidade para um eu verdadeiro emergir.

Acho que a maioria das nossas regras emocionais precisa ser quebrada. Tipo: “Nunca deveria me zangar com alguém que amo” [...] Essas regras precisam ser derrubadas porque são desumanas, impossíveis de ser cumpridas – Virginia Satir.

Fazer coisas para as outras pessoas não significa que você é um trouxa. Mas se você acredita que sua conduta está te prejudicando na medida em que está deixando de lado seus compromissos para atender outras demandas, então certamente isso não é bom!


E você, o que achou destes conceitos? Que tipo de família gostaria de construir? Famílias de sistemas abertos ou fechados?


Você consegue perceber como é importante abrir espaço de diálogo com seus familiares - e que relações mais abertas e democráticas podem ajudar no desenvolvimento pessoal e emocional das pessoas?


Resumo de: TOMLEY, Sarah. O que Freud faria?


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© Débora Palma

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